sábado, 23 de fevereiro de 2008

Entrevista com Léo

Leo Rosa Ator sim. E com todas as letras
Léo Rosa tem apenas 23 anos. Mas, assim que começou a entrevista, o jovem mostra logo de primeira que não é nem de longe um "menino de vinte e poucos anos iludido com a fama recém-conquistada de protagonista de televisão". De fala firme, ele demonstra que maturidade tem de sobra. "Foi há alguns dias que senti esta sensação de que sou mesmo um ator. Quem estuda para ser ator, já está no mercado de trabalho, se expondo. Eu não quero ser. Já sou um", diz, com propriedade.

A agenda, lotada por causa das gravações diárias da novela da Record "Vidas opostas", em que vive o personagem Miguel, não permite que Léo se dê ao luxo de ficar de bobeira. Natural de Porto Alegre, o ator, que já quis ser jogador de futebol e estudou jornalismo, conseguiu uma brecha para falar com exclusividade ao EGO. De chinelo e com um sorrisão no rosto, Leo é enfático quando o assunto é o fato de ser um cara boa pinta. "Nem ligo pra isso. Quero mais é que me chamem para fazer um personagem feio."

POR Leticia Rio Branco

Agradecimentos: GET- Grupo Estudantil de Televisão e Centro Cultural Solar de BOtafogo.
01. Você veio para o Rio de Janeiro tentar a sorte como ator e ficou três anos fazendo testes e ganhando a vida de outras formas. Em algum momento bateu um desânimo?
Quando dei de cara com a realidade de ser ator, confesso que foi difícil. Tinha 19 anos e decidi que queria de todo jeito ser ator. Minha família não podia me ajudar, por isso fazia uns bicos como promotor de vendas, garçom e modelo. Tinha que me sustentar. Mas sempre senti uma coisa dentro de mim, de que podia dar certo. Então, decidi pensar assim. Fiz vários testes e fui aprendendo as manhas. Fazer teste é mais difícil do que fazer novela, pois tem a questão do nervosismo, da ansiedade. Depois, você pega o jeito.

02. Como foi o peso de começar a carreira na TV logo como um protagonista?
Pra falar a verdade, nem pensei muito sobre isso. Estava muito envolvido com o trabalho, afinal, são nove meses vivendo aquilo ali. Não dá nem pra respirar, sabe? Acho que essa coisa de ser protagonsita é relativa. No trabalho, todos os papéis são de extrema importância. É claro que a trama conta a história do Miguel e da Joana (Maytê Piragibe), o que equivale a mais de 16 horas por dia de gravação. O fato é: a emoção que dá no final de uma cena é maravilhosa, quando o estúdio fica todo em silêncio.

03. Existem atores que acreditam apenas em talento; outros, acham que o trabalho árduo leva a resultados mais satisfatórios em cena. Em qual categoria você se encaixa?
Algumas pessoas acreditam mesmo que ser ator depende apenas de ter um dom, um talento. Ser ator é uma profissão. Quando acordo, vou trabalhar, de texto decorado. Acho que a pesquisa é essencial para a construção do papel. Estou sempre ligado em tudo ao meu redor. Se vejo uma expressão de um olhar que tem a ver com o meu papel, pego isso.

04. Hoje você ganha bem por estar na TV. Como era na época do teatro?
Ganhava uns R$ 20 por fim de semana. Hoje, me sinto honrado por ganhar pelo meu trabalho. Poxa, isso é uma profissão! Teve até uma vez que resolvi fazer uma brincadeira com a minha mãe. Ela vivia repetindo que não ganhava dinheiro com o teatro. Na época, fazia uma peça infantil e mandei pra ela, pelo correio, os R$ 8 que tinha ganhado de uma apresentação. Ela morreu de rir!

05. Em algum momento sentiu cobrança por ser um cara bonito?
Olha, só agora comecei a entender isso agora, mas confesso que não senti esse impacto não. Até agora, não tinha tempo nem de ir na rua, nem sabia que me chavam bonito. Não ligo mesmo pra isso. Nem sou vaidoso. Quero mais é que me chamem para fazer o personagem feio. Admiro muito o Rodrigo Santoro por isso, ele soube levar muito bem a beleza e provar que é muito mais do que isso. Não sou um produto de consumo, não gosto de expor a minha vida.

06. Isso significa que não curte falar de sua vida pessoal? E se fosse flagrado por um paparazzo nuam situação constrangedora, o que faria?
De certa maneira, sim. Estou solteiro, mas se estivesse namorando, não teria motivo para sair contando quem é a minha namorada. Eu nem me vejo nesse tipo de situação, de um fotógrafo me pegar desprevenido. Não dou margem pra isso, pois sou um cara que trabalha e pronto, vai pra casa. Não tem nada de tão polêmico na minha vida pessoal.

07. Pensa em casar, ter filhos?
Claro. Sou um cara muito família, não gosto muito de sair à noite, ir pra boates. Gosto de reunir os amigos em casa e jogar Imagem e Ação(risos). Mas não penso em construir uma família agora, estou muito novo e focado no meu trabalho. Sei que sou apaixonado por criança, adoro. Porém, no momento quero pegar esta oportunidade de fazer a novela com todas as minhas forças e crescer, a cada dia.

08. Com a agenda apertada por causa da novela, gostaria de ter mais tempo para fazer o quê?
De ter tempo pra ir ao cinema. Estou muito triste, pois não consigo mais ver os filmes que estão em cartaz. Sou um cinéfilo assumido. E gosto de ir sozinho. Nada de ir com gente pra ter que ficar comentando depois.(Risos).

09. Você acabou de gravar um clipe para a banda de rock Ira!, a música Eu vou tentar. Como foi a primeira experiência com cinema?
Fou muito bom ouvir aquele barulhinho da película, sabe? Foi incrível trabalhar com o Selton Mello, é muito bom quando a gente encontra uma pessoa que fala a mesma língua. Quero muito fazer cinema depois da novela.

Cena de Vidas Opostas

Outro video legal, mostrando o Miguel, personagem de Vidas Opostas, pedindo a namorada em casamento.

Curiosidade: Chamada de Vidas Opostas



Chamada da novela Vidas Opostas, primeira novela que o Léo foi protagonista na Record.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Biografia

Léo Rosa é um ator brasileiro natural de Porto Alegre, nasceu em 1983 e atuou como modelo até se interessar por televisão, em 2003, ano em que se mudou para o Rio de Janeiro Após alguns cursos e cinco espectáculos teatrais, Léo fez o teste da Rede Record e garantiu seu primeiro papel como protagonista na novela Vidas Opostas.

Trabalhos na TV
2008 - Amor e Intrigas - João Prado Guimarães Neto
2007 - Vidas Opostas - Miguel Campobello